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Profana.

Tanto busquei aos deuses Tantas súplicas e orações Até poemas lhes ofereci... E nada! Tentei lhes agradar de todas as formas Fiz jejum, promessas, decorei salmos Ofertei-lhes meu pão, bebi todo o vinho Mas o que eu pedia os deuses nunca me deram Ainda não sei o que fiz de errado Ao ser explulsa assim do paraíso Ainda menina meus pecados traí Ao oferecer aos deuses minha inocência Em troca de algum alento, desvelo. Os deuses não sabem Ao me negarem os céus Abriram abrigo sem véus no meu coração.

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